Secretária de Mulheres
As Políticas Públicas para Mulheres assumidas pelo governo do Partido dos Trabalhados traz em seu bojo o reconhecimento da discriminação contra a mulher construída em sua cultura da história do mundo e do nosso país.Nesse sentido em nível Nacional entendemos que grande passo foi dado. Entretanto no que diz respeito à esfera municipal ainda não conseguimos sinalizar com ações e/ou metas que viesse a consolidar o reconhecimento das mazelas sociais contra as mulheres denunciando e anunciando através da apresentação de um movimento cidadão que pudesse envolver e despertar as mulheres macaibenses para a luta e a conquista pelo seu espaço como sujeito, o respeito como seres humanos, como sujeitos de direito e como sujeito político. As mulheres brasileiras têm amargado historicamente a condição de vítimas nas diversas formas de violência seja física ou simbólica. As mulheres brasileiras devido à cultura na qual somos educadas. Uma cultura machista na qual aos nossos companheiros tudo é possível e nada lhes afeta a moral. Todavia resta para as mulheres desde a sua infância a educação para a submissão. Devido à deficiência da educação para as mulheres terminamos por nos deparar com as estatísticas da violência física quando estas conseguem denunciar e/ou as estatísticas dos assassinatos de inúmeras mulheres. Em se tratando da preocupação com a implantação de um trabalho com mulheres em nossa cidade. Reportamos-nos a violência contra a mulher para em seguida lembrar que nossa cidade tem sua história marcada com sangue de muitas mulheres.Em idos remotos uma mulher foi assassinada na periferia quando esta ainda trazia em seu aspecto a tranqüilidade de um simples sítio. Referimos-nos a uma mulher cujo nome a história desconhece, mas que ficou na memória dos mais velhos o trágico acontecimento de seu desaparecimento quando o seu marido por ouvir dizer ou desconfiar que ela houvesse o traído a assassinou. No local foi colocada uma cruz dando nome ao bairro do “Campo da Santa Cruz.”
Não podemos esquecer-nos do assassinato das mulheres profissionais do sexo. E Macaíba tem na memória de muitas pessoas a lembrança de uma prostituta jovem que foi espancada com tamborete até morrer no baixo meretrício nos idos de 70 sem que fosse socorrida.
Tivemos a professora Marliete Freire assassinada em sua cama quando dormia com sua filha, pelo seu ex-marido que não aceitou a separação. Não temos como esquecer que uma adolescente estudante da Escola Municipal José Pinheiro Borges que fica no Campo da Santa Cruza, também fora assassinada publicamente pelo seu namorado. Por tudo isso entendemos que necessário se faz pensarmos, organizarmos e elaborarmos um plano de ação neste município que possibilite a implementação das políticas públicas para mulheres conforme fora assumida pelo governo federal na perspectiva de que possamos proporcionar as mulheres macaibenses a consciência de ser humano que é e ainda o direito de ser respeitada. Para isso entendemos a importância da criação de fórum para a discussão da temática e acompanhamento das necessidades apresentadas pelas respectivas mulheres.
Defendemos ainda a importância de um trabalho social que contemple todas as mulheres como diz a lei independente de cor, condição social, credo religioso, orientação sexual. Defendemos ainda uma relação na qual possamos discutir e programar ações em parceria com os homens para que possamos consolidar a igualdade de gênero.
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