Governo Federal dará auxílio financeiro para estudantes de baixa renda
Foi lançado na tarde desta quinta-feira, 9, no Ministério da Educação, o
Programa Nacional de Bolsa-Permanência, ação de auxílio financeiro para
estudantes de baixa renda das instituições federais de ensino superior.
O cadastramento de instituições e universidades no programa poderá ser
feito a partir da segunda-feira, 13.A bolsa-permanência será concedida aos estudantes que atendam os
critérios para a política de cotas, estejam matriculados em cursos com
carga horária maior que cinco horas diárias e que tenham renda per capta
familiar mensal de até 1,5 salários mínimos. O valor da bolsa é de R$
400,00; será paga por meio do Banco do Brasil. O programa também atenderá indígenas aldeados, que vivem em comunidades
tradicionais indígenas reconhecidas, e os quilombolas matriculados em
universidades federais. Esses estudantes receberão R$ 900,00 de apoio
financeiro, independente do curso. De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a assistência
estudantil é um investimento necessário para o desenvolvimento do país.
“Se a pobreza começa no berço e na família, a superação da desigualdade
está na democratização da educação de qualidade, que dê as mesmas oportunidades
para todos”, disse o ministro. “O grande desafio da política de
inclusão no ensino superior é combinar inclusão social com excelência
acadêmica”, concluiu.Entre os beneficiados com a nova bolsa está o estudante de engenharia
florestal Poran Potiguara. Natural da Paraíba, o aluno da Universidade
de Brasília (UnB) saiu de sua aldeia para buscar educação superior.O jovem destaca que os estudantes indígenas sentem as diferenças da
vida na aldeia e nas cidades. “A primeira dificuldade é a adaptação, a
universidade tem um modelo elitista e você se sente desprotegido fora de
sua origem. A segunda dificuldade é a do conhecimento, não que o
indígena não tenha capacidade, mas sofremos o mesmo que todos os
estudantes de escolas públicas
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